sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ele junta, pelo menos

Por mais que seja novo, desconhecido não é. Ao chegar lá, vai se deparar com um dejá vù distorcido, cuja distorção, natural e gradativamente, vai desbotando. Se sentará, cruzando as perninhas cansadas. O vestidinho amarelo é por uma causa nobre: amarelo é cor bonita.
Prefere olhar o rejunte do piso ao céu estrelado. Só ela sabe o porquê. O rejunte é feio e não brinda quem o vê com um teto diferente todas as noites. Sinceramente? Nem ela sabe o porquê.
Depois de muito encarar, quer tocar pra sentir o rejunte feio. E os dedinhos chegam lá, sem qualquer obstáculo. Seus dedinhos não alcançariam o céu estrelado. Ela não quer mais saber o porquê.

3 comentários:

Lorenzo Tozzi Evola disse...

é o ceticismo de São Tomé, sob um outro (e muito mais interessante) ponto de vista.

um beijo!

Everton Amaro disse...

- Textura

Diogo Cronemberger disse...

Lindo texto! Parabéns!